Pedras nos rins.

As pedras nos rins, são cristais duros que se formam nos rins e os quais podem originar fortes dôres. Os médicos utilizam o termo « litiase urinária » designando assim esses cristais, que se podem também encontrar no resto do aparelho urinário: a bexiga, a ou as uretras.

Em quase 90% dos casos, as pedras nos rins formam-se no interior de um rim. O seu tamanho vai de alguns milímetros a vários centímetros de diâmetro. A maioria deles, à volta de 80%, eliminam-se espontâneamente passando pelos diversos condutos do sistema urinário sem originarem um grande número de sintomas.

No entanto, as uretras situadas entre os rins e a bexiga, são condutos de pequeno calibre. Uma pedra que se forme no rim, e que transita para a bexiga, pode facilmente obstruir uma uretra e dessa forma causar dôres muito fortes. Isto chama-se cólica nefrética.

 

Quem sofre?

 

As pedras renais são muito frequentes, a sua presença prevalece e parece aumentar nos últimos 30 anos. De 5% a 10% dos indivíduos serão vítimas de uma crise dita cólica nefrética na sua vida. Os cálculos (pedras) nos rins surgem mais frequentemente depois dos quarenta anos de idade.

São duas vêzes mais frequentes no homem do que na mulher. Certas crianças podem também ser vitimadas. Mais de metade das pessoas que já tiveram uma pedra nos rins ainda terão novamente outras no curso dos 10 anos depois da primeira crise. Daqui que a prevenção seja muito importante.

 

Causas.

 

Os cálculos nos rins resultam da cristalização dos sais minerais e dos ácidos presentes em forte quantidade na urina. O processo é o mesmo que aquele que se observa na água contendo muitos sais minerais: para cima de uma certa concentração, os sais começam a cristalizar-se.

Os cálculos renais podem ser a consequência de um número importante de factores. Mais assiduamente resultam da falta de diluição das urinas, ou seja devido a um demasiado fraco consumo de água. Uma alimentação desequilibrada, demasiado rica em açúcar ou em proteínas, pode igualmente ser a causa. Em muitos dos casos, não se encontra uma causa precisa que possa explicar a formação dos cálculos.

Mais raramente podem ser causa, uma infecção, certos medicamentos, uma doença genética (tal como a fibrose quistica ou hiperoxaluria) ou metabólica (como o diabète) podem causar a formação de cálculos urinários. E também malformações das vias urinárias podem ser a causa, particularmente nas crianças.

 

Gênero de cálculos ou pedras.

 

A composição química do cálculo depende da causa, mas na maioria dos casos os cálculos renais contêm cálcio. Os testes feitos na urina e a analise dos cálculos recuperados permitem conhecer a sua composição?

Cálculos com base no calcium – Encontram-se em 80% da totalidade dos cálculos renais. Estes englobam os cálculos com base no oxalato de cálcio (são os mais frequentes), de fosfato de calcium ou ainda de uma mistura dos dois. São causados pela desidratação, uma contribuição excessiva de vitamina D, certas doenças e determinados medicamentos, e ainda factores hereditários ou uma alimentação demasiado rica em oxalato.

Cálculos de estruvite (ou de fosfato amoníaco-magnésio) – Estão ligados às infeções urinarias crônicas ou a repetição de origem bacteriana e representam à volta de 10% dos casos. Contrariamente a outros gêneros de cálculos estes são mais comuns nas mulheres do que nos homens. Assiduamente originam-se nas pessoas com sonda vesicular.

Cálculos de acido úrico – Existem entre 5% e 10% dos cálculos renais. Constituem-se tendo em causa uma concentração elevadamente anormal de acido úrico na urina. As pessoas com a gota ou que recebem quimioterapia tem uma maior propensão a sofrer deles. Mas também podem ter a causa numa infecção.

Cálculos na cistina – Este tipo de cálculo é mais raro. Mas em todos os casos a sua formação é atribuída à cistinuria, que é uma anomalia genética capaz de excretar uma quantidade excessiva de cistina (que é um ácido aminado) pelos rins. Este gênero de cálculo pode aparecer desde a infância.

 

Complicações possíveis.

 

As complicações são raras se os cálculos ou pedras forem bem tratados. No entanto, é possível que para além da  obstrução de uma uretra por meio de uma pedra dos rins, se produza uma infecção. Esta situação pode ter por consequência uma infecção do sangue (septicemia) que necessitara de intervenção de urgência. Ainda uma outra situação que pode ser grave está relacionada com uma pessoa detentora de um só rim e se encontre com uma cólica nefratica.

Não esqueçamos que os riscos associados aos cálculos renais são importantes; é mesmo necessário ser adequadamente seguido por um médico.

 

 


 

Bibliografia

 

As informações que permitiram a preparação deste artigo foram tiradas da página internet: Passeport Santé.Net