Na pagina espirita « Vinhas de Luz » publicada na internet, encontramos esta explicação sôbre o cordão prateado : Embora seja também conhecido por « fio de prata », « cordão fluidico », « cordão astral », o cordão de prata é um fio que liga o corpo fisico ao corpo astral (corpo espiritual), ou ao périspirito, segundo o conceito dado por Allan Kardec. Este fio constitui um apêndice energético que transmite energia vital para o corpo fisico durant a projecção astral ou desdobramento.
Conforme ao seu funcionamento, também transmite energias a partir do corpo fisico, para a psicosoma ou seja a Alma, criando um circuito energético de ida e volta. O cordão de prata é um laço semi-material que mantêm a Alma ligada ao corpo humano com uma conexão que se inicia no psicossoma (Alma) e em seguida atinge o soma ou Corpo fisico.
Como indicado pela sua propria apelação, e como vimos dizendo, trata-se de um cordão que liga o périspirito ao corpo fisico. E um elemento absolutamente necessario na vida carnal, na medida em que a sua função assegura uma realização perfeita das funções biologicas vitais durante o periodo do sôno natural, no momento em que o espirito se distancia do corpo material e vai interagir no mundo espiritual, embora o seu corpo e o seu périspirito se mantenham ligados por meio do cordão de prata ou cordão prateado.
Qual é a aparência do cordão ou cabo prateado ?
O cordão prateado é diferente de pessoa a pessoa, tanto pela sua espessura, pelo seu diâmetro e sua inductabilidade magnética, e ainda pelo seu brilho, luminusidade, coloração prateada ou branca de brilho claro, quanto na sua pulsação, na textura do cabo e o raio de extensão atingido logo que a Alma se projecta. Para dar-mos um exemplo simples, digamos que se pode parecer a um fumo que sai do cigarro, porém é prateado.
Qual é a elasticidade do cabo prateado ? O que acontece quando se rompe ?
A medida em que a Alma se afasta das imediações do corpo fisico, o cabo advém mais fino e subtil. O vigôr e a elasticidade do cabo prateado são incalculaveis e qualquer que seja o afastamento do projector, o cabo prateado o fara voltar ao corpo fisico. Por este cabo passa uma forma de automatismo subconsciente que funciona independentemente da vontade do projector e atrai o psicossoma (Alma) de volta ao fisico, quer o queira ou nãõo. E quando este se rompe ou desliga é que o Espirito se desencarna.
O cabo prateado é um dispositivo essencial à vida orgânica, na medida em que se rompe aquando da morte fisica. Em certos meios « espiritualistas » com pouco estudo sôbre este assunto, existe um debate sôbre eventuais « perigos em caso de ruptura » espontânea do cabo, durante o fenomeno bastante conhecido das projecções fora do corpo, como se alguma coisa pudesse acontecer « espontâneamente » no Universo, isto é, sem o consentimento e o conhecimento de Deus. Este medo, não tem logica, nem faz sentido, salvo se o individuo se encontra no momento exacto do seu desencarne.
O cabo prateado, não esta confeccionado com material susceptivel de encontrar dificuldades ou de se encontrar frente a acontecimentos que o possam « romper » – uma tal ideia é não so contraria como diametralmente oposta à logica, mais é sobretudo em oposição com os ensinamentos estabelecidos pela codificação de Kardec.
Na obra « O Perispirito » de Zalmino Zimmermann, na pagina 525, 4a, poemos ler : « Se apos a cessação completa da vida orgânica, existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispirito, a alma podera ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça. » O laço, apelação aqui empregue, é a mesma coisa que cabo, fio, cordão ou corda.
Dai resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, esta subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispirito ; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa ; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixara de experimentar qualquer sentimento desagradavel. »
E falando de desencarne o autor continua, na pagina 526 : « Nessa oportunidade, o perispirito entra em processo de desligamento. Inversamente do que acontece na encarnação, dilui-se, agora, a sustentação psicossomica das estruturas citoplasmicas, atravéz dos bioforos, prenunciando a histolise do involucro fisico.
Na pagina 528 da obra de Zimmermann : «Recompondo o perispirito, o desencarnante, ja pairando, proximo do corpo em ritmo de rapida cadaverização, permanece a ele ligado por algum tempo mais (em média, 24 horas), atravéz de « leve cordão prateado, semelhante a sutil elastico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do roganismo liberto ».
Em conclusão
Esta claro que o papel desempenhado pelo perispirito e o fio ou cordão prateado que o liga ao corpo é, como em muitas outras formações orgânicas, necessarias à vida do Espirito encarnado. Sem estes equipamentos, não so o corpo, envelope carnal, não poderia subsistir, na medida em que ja não seria mais estruturado, nem alimentado pelo perispirito, nem a vida teria algum sentido. Por prova, é o facto de que uma vez que a morte real do corpo esteja consumada, nada mais pode reter o Espirito, com o seu perispirito, e dai passa a voar para outras paragens do Além.
Quantas noites, de sônhos, quantos acontecimentos vividos, dos quais não nos lembramos, isto para alguns de nos, para outros sempre ficam algumas lembranças. Quantos quilometros, talvez, distâncias infindas vivemos na atmosfera, entre Céu e Terra, sem nunca nos desligarmos, ou podermos fazê-lo definitivamente, porque nos encontramos ligados por esse cordão prateado que nos retém e serve de meio de comunicação entre o Espirito, vagueando daqui para ali, enquanto que o seu corpo fica em repouso, deitado na sua cama, e ao mais infimo ruido, sinal de perigo, ou não, faz apelo ao seu comandante para vir prestar-lhe socorro.
Mais ou tão rapido quanto a luz, ei-lo presente e retoma o serviço, tomando as decisões adequadas à situação presente. Nunca, mas mesmo nunca, tal dispositivo, pelo que sabemos, deixara de funcionar, nunca parara, desde o renascimento até à morte. Na verdade, so a morte o pudera desprender e libertar da sua responsabilidade fundamental que é a manutenção da vida sôbre a Terra.
Bibliografia
Este artigo foi redigido a partir da obra « Missionarios da Luz » da autoria do Espirito André Luiz e da mediunidade de Chico Xavier. Foi publicado em 7 de Abril de 2017, na pagina internet « Vinhas de Luz » e do livro « Perispirito » de Zalmiro Zimmermann.