O Passe Espirita.

O passe espirita consiste na transmissão de fluido ou energia magnética que circula no organismo do médium e é recebido pelo chacra ou centro de força existente no cimo da cabeça ou « moleira » e dai irriga todo o corpo, sendo expelido pelas extremidades « os dedos das mãos » e os « dedos dos pés ».

 

Funcionamento.

 

Pelo posicionamento das suas mãos a pessoa ou médium dirige os fluidos para a pessoa ou paciente necessitada e mais particularmente para as partes do corpo afectadas ou das feridas visiveis e invisiveis, mas que podem ser detectadas pelo magnetisador (dora) ou médium passista mediante o desenvolvimento da sensibilidade, apos diversos treinos e em função desta mesma sensibilidade pessoal.

De qualquer forma o passe beneficia a pessoa receptora, mesmo sem que seja detectada alguma anomalia.

Existem varios tipos de passe, mas dois são fundamentais : o de dispersão a dispensar primeiro, para alivio das energias pesadas, negativas, existentes na pessoa receptora ou paciente. E o passe de restauração, de energias leves, segundo a ser dispensado, pelo médium passista e doador. Também este beneficia na medida em que se alivia pela doação de fluido libertado, o que lhe proporciona bem-estar.

E claro que o efeito do passe ou da magnetisação sera tanto mais eficaz quanto a pessoa receptora ou paciente não lhe oponha obstaculo ou freio, isto é, que não se encontre num estado de relutância.

Se este é o caso o fluido é expelido, em volta atraz, como a luz que se reflete num écran neutralizante do efeito benfeitor.

O passe espirita não so constitui um excelente reconstituidor energético para quem usufrui dêle, como ainda intervém para afastar presenças perturbantes provocadas por Espiritos em geral ou ainda por entidades encarnadas que se aproximam e ligam à pessoas.

O passe espirita também pode ainda ser aplicado à distância, atravéz da força mental ou força de pensamento. Se queremos auxiliar alguém que se encontra ausente ou distante do lugar aonde nos encontramos, imaginemos a pessoa fisicamente e da mesma forma como se esta estivesse presente diante de nos, iniciaremos o passe da cabeça descendo lentamente até aos pés, não nos apressemos.

Este primeiro contacto à distância pode parecer dificil e sem eficacidade, nada disso, até porque a experiência prova que a sua acção é positiva e consegue curar, desde que a fé e a vontade férrea junta ao merecimento do recebedor se conjuguem.

O pensamento é uma realidade produtora de energia, fluidica ou mental. Esta energia reage à elevação do pensamento e à força de vontade do médium ou emissor.

Se numa reunião houver varias pessoas, preciso se torna que estas concentrem as suas forças mentais, no mesmo objectivo, em unissono, afim de transformar a energia individual em força fluidica colectiva, aumentando desta forma a sua potência e capacidade de intervenção.

 

Gestual.

 

Os gestos ou movimentos das mãos e dos braços não devem ser bruscos, nem desordenados. De inicio, talvez não consigamos ordenar bem os nossos movimentos, mas com o tempo e a pratica tudo se aperfeiçoa.

O passe espirita não toca, geralmente, na pele das pessoas. Na realidade as mãos devem girar à volta do corpo, deixando um espaço, mantendo-se a uma distância que vai de « 1 a 15 centimetros » na média. Compreende-se largamente o porquê de não tocar na pessoa, no respeito que se lhe deve, e no incomodo, psicologico, que o toque lhe pode provocar.

– Adiantamos isto, porque o passe não é uma massagem.

Todos os sêres (e os humanos mais especialmente) são dotados de uma « aura » ou campo reflector fluidico que reveste o corpo e se mostra enquanto forma de energia concentrada, reflectora e expansiva dos varios orgãos e tecidos.

Este campo ou aura energética é refletido e pode ser detectado e sentido segundo a sensibilidade alcançada pelas pessoas ou médiums no espaço e ao fio do tempo durante o qual a sensibilidade se desenvolve e afina.

Da mesma que o processo conhecido por Kirilian obtém fotos do perispirito também os obtém da aura.

No passe espirita intervém também os Espiritos benfeitores, que são afins a tal actividade e as pessoas, sejam seus guias espirituais, (anjos da guarda) ou designados para essa tarefa no seio da equipa espiritual que dirige e sustenta os trabalhos na casa espirita.

Os seus fluidos podem ser transmitidos conjuntamente aos do médium, ou separados. Pessoas ha cujos fluidos mixtos (fluidos aliados, o do Espirito protector e o do médium) lhes são mais apropriados e eficazes segundo a necessidade de tratamento e de cura. Dependendo defacto dos casos a tratar.

Normalmente as mãos andam no sentido contrario dos ponteiros de um relogio, particularmente quando no inicio dp passe começamos por limpar e dispersar a energia negativa que se ligou e acumulou na pessoa ou num Espirito desencarnado, chama-se a esta operação, descarga ou limpeza das energias negativas ou perturbantes da aura ou energia reflectora da pessoa.

A aura apresenta-se com varias côres – quando vistas por um médium clarividente – sempre em função da elevação moral e do estado da pessoa que recebe a energia atravéz do passe ou magnetisação.

Todos os Espiritos, encarnados e desencarnados, apresentam esta aura, embora os desencarnados ja não possuam corpo fisico, mas guardam o corpo espiritual ou perispirito que lhes da o revestimento ou forma humana com que se manifestam e aparecem aos nossos olhos.

E como o perispirito constitui a forma de base do Espirito e lhe garante a forma humana, Espirito e perispirito estão unidos um ao outro.

Espirito e perispirito não se encontram no interior do corpo fisico, mas os dois envolvem o corpo e o revestem, por isso dizemos encarnar e não incarnar.

Embora estejemos aparelhados com um conjunto de Centros de força ou Chacras (em numero de 7 principais) da cabeça até umbigo e base dorsal, é pela glândula pineal ou épifise, situada no cérebro, que passam os fluidos e as mensagens dos Espiritos.

Isto significa que estes não incorporam o médium (como é tradição ouvir) mas aproximam-se e sintonizam mais ou menos com ele para se comunicarem. Somente influenciam mentalmente a pessoa ou médium. Se houvesse incorporação seria um absurdo, pois seriamos dominados fisicamente. A influência do Espirito é apenas mental.

Esta glândula serve de « centro receptor e emissor » do pensamento e da energia dispensada ou gasta o médium se sente mais ou menos fatigado.

As transmissões do pensamento do Espirito comunicante, ou o estado em que se encontra garante-lhe em maior ou menor possibilidade de transmitir o que sente e o que sabe. Agindo sôbre os circuitos neuronais e os percorrendo, para serem enviadas aos destinatarios situados no exterior do médium.

E quando a pessoa médium aceita libremente esse contacto ou forma de relação as mensagens tornam-se mais fluentes e apuradas, sendo assim melhor compreendidas.

A glândula pineal, situada no centro do cérebro, é o comando das manifestações de mediunidade, nas suas mais diversas formas e requintes. Daqui depreendemos como funciona a telepatia ou relação mental entre individuos e Espiritos e vice-versa.

A comunicação passa por 3 canais : A visão, a audição e a cinestesia ou movimentos das pessoas (vibração, gesticulação). Assim chamamos a Visão de mediunidade de Clarividência, a Audição de mediunidade de Audiência e a Cinestesia ou de movimentos, dentre os quais a Pneumotografia ou escrita. (Estudar sobretudo o « Livro dos Médiuns » de Allan Kardec, mais particularmente o capitulo X Natureza das communicações).

Assim recebemos as influências dos Espiritos e nos comunicamos com eles, realizando tarefas de ajuda e assistência, em direcção de Espiritos desencarnados, seja de Espiritos encarnados. O passe é assim uma das tarefas correntes dos centros espiritas, meio muito valioso para auxiliar quem muito sofre, particularmente quando esta associado à fé autêntica e ao amor que nos religa e une, uns aos outros, seja neste mundo seja no mundo espiritual.

Não existem distâncias, nem fronteiras, que impeçam o espirito de pensar e agir, enviando os seus pensamentos e gestos mentalizados para lugares aonde a longitude não tem conta, sendo est somente delimitada unicamente pelos limites da nossa acção mental e dinâmica.

 


Ndr : Os gestos das mãos seguem, à volta do corpo, a uma distância médiana de 15 centimetros desviadas. So em casos de muita fraqueza do paciente é que podemos aproximar as mãos mais do corpo, sem no entanto o tocar, porque nesta situação a aura do corpo, menos energética, encontra-se menos expansiva e mais proxima deste e dai a necessidade de a carregar de energias positivas. Sem esquecer que quem comanda é a mente do médium passista e a sua vontade profunda de auxiliar.