CELA – Centro Espírita Luz e Amor – Centre Spirite Lumière et Amour. (1)
Aquando de seu retorno ao mundo espiritual muitas personalidades, desencarnadas, tentam continuar a viver como se continuassem na Terra. Dai procurarem freneticamente meios de manterem vida como se fossem encarnados. Organizam-se para extrair dos corpos físicos, inertes, na hora da morte, os fluidos que os mantiveram na vida. Assim vampirizam os homens encarnados, convivendo com eles; participando de suas vidas, hospedando-se em suas casas mentais ou se alojando em certos centros de força pertencentes ao perispirito ou nos chacras do duplo etérico, que é um elemento de ligação, forma de pele, entre o perispirito e o corpo fisico.
Nutrem-se, então, por osmose, utilizando quanto lhes pode oferecer o corpo fisico. Quando em contacto com os fluidos vitais de um corpo fisico e de seu corpo perispiritual recém libertos. Apos o desencarne, o desligamento do corpo perisprital do corpo fisico leva um certo tempo a ser efectivo o que necessita de certos requisitos. Nessa altura, as junções fluidas permanecem activas entre as células físicas e espirituais.
Malgrado a morte, a energia mantêm-se por algumas horas presente no corpo, dai ser buscada por Espíritos vampiros. A mente do suicida, mesmo inconsciente, fixa-se em certas zonas do corpo perisprital e desencarnado julga-se ainda com vida física; passando a viver como tal.
Segundo parece é durante esse lapso de tempo que as organizações das sombras procuram os suicidas inconscientes para estudarem o perispirito e os orgãos contendo restos de energias que lhes são tão prestimosas.
Eis porque a sua presença se pode tornar insidiosa, em situações de desprevenção e falta de preparo para o desencarne e a consequente vida extra-tumular do Espirito.
Qual é a força existente no ser humano que permite ao perispirito de se tornar visível e palpável ?
O nosso corpo fisico contém pontos energéticos de real valor. E os médiuns desenvolvem uma força energética a partir da mente, ainda mais intensa. Graças a essa energia, o perispirito reveste-se e se torna visível aos olhos humanos. No perispirito existem também orgãos e é dele que se elabora o corpo fisico. Aquando de sessões de materialização apenas os médiuns de sustentação e o próprio médium de incorporação confeccionam esse revestimento para que o Espirito desencarnado se possa apresentar e advir visível.
No corpo humano circulam energias, por ora desconhecidas, da ciência terrena, mas que vão sendo desvendadas com os progressos relativos ao estudo e analise do cérebro, e ao concurso da doutrina espirita na medida em que esta oferece conhecimento em relação com o corpo fisico e os outros corpos constitutivos do ser humano. No cérebro situam-se os núcleos de neurônios, interligados por meio de segmentos diversos.
São os transistores cujos fios se conectam com outros transistores, encontrando-se cada um deles alojado numa região da maquina cerebral responsável por determinada função orgânica.
Estes circuitos podem sofrer lesões por doenças, como: o aneurisma, derrames, e ainda outras, logo que esses fios são estropiados ou sofrem abalo, o que têm por consequência as sequelas sentidas pelo ser humano no seu corpo fisico. Os neurônios morrem quando o seu próprio núcleo é atingido, mas podem sobreviver se a lesão apenas tocar os prolongamentos, conhecidos por axônios.
Vai sendo útil para os cientistas o estudo da Doutrina Espirita, pois nela encontram a verdade sobre a sublime maquina cerebral. E no cérebro que se encontra a possibilidade de materialização dos Espíritos e a concretização das comunicações tão reais da mediunidade. Pelas ramificações que ligam o perispirito ao corpo fisico, circulam energias de alto valor nutritivo para alimentar e permitir o funcionamento e a manutenção da vida física e perispiritual. Os diversos conjuntos de orgãos físicos estão ligados entre si e o conjunto de orgãos perispirituais correspondentes que constituem a sua matriz. Os nervos, os músculos e suas ramificações, são parte constituinte desta rede de inúmeras ligações e conexões que permitem o transporte, a circulação e as diversas derivações pelas quais passa a nutrição e as indicações que informam sobre o estado de funcionamento da vida em comutação com o ambiente natural aonde o homem habita. São estas diversas redes de circuitos tendo por pontos principais os centros de força vitais que permitem ao Espirito de comandar os elementos ou corpos que constituem o seu equipamento e lhe possibilitam mover-se e estar em contacto com a matéria.
Na questão de energias, o desequilíbrio eventual produzido na central humana, vai provocar curto-circuitos, mais ou menos generalizados, desgastes enormes de energia, e o aparecimento de doenças desconhecidas da medicina. Por outro lado esta situação de avaria e desequilíbrio vai permitir aos Espiritos das trevas de serem atraídos e de se aproximarem para tentar recuperar as energias que lhes faltam.
A ingestão, de drogas, remédios sem discernimento, álcool, tabaco, etc., transtorna o funcionamento saudável do corpo e dai o “drogado” cria uma situação favorável a aproximação de Espíritos que espreitam a oportunidade de se nutrirem com as energias físicas do seu metabolismo. Os invasores espirituais, aproveitam o desequilíbrio do Espirito desencarnado, alojando-se nos seus centros de forças ou chacras.
Dai o corpo não recebe alimento, antecipadamente captado por esses invasores e únicos beneficiados. Seguem-se, em tal situação, as obsessões e outras doenças. Quem levar uma vida desregrada acaba sendo alojamento útil para Espíritos das trevas e os vícios alimentados contribuem para ferir e mesmo destruir o périspirito. Os centros de força vital que o equipam captam da aura espiritual os fluidos necessários ao equilíbrio do Espirito e dos seus corpos ; se um elemento estranho, vindo das trevas, coloniza e obstruiu estes canais, surge, então, o enfraquecimento e o Espirito deixa de ter ligação com o plano mais alto da espiritualidade, passando a ser teleguiado, e, por mentes geralmente perversas. A função dos centros de energia vital ou chacras, é de manterem em nível e equilíbrio os corpos de cada ser humano. Um outro perigo é o desenvolvimento da mediunidade sem critério. Porque é através destes centros vitais que se da a ligação entre o plano espiritual e o plano fisico. O desenvolver da mediunidade não pode ser forçado, cada pessoa dispõe do seu libre-arbitrio, sob pena de levar o candidato a médium ao desequilíbrio, com carga de nervos, angustia e receando o amanhã.
O centro de força vital responsável pela mediunidade gira em sentido de fora para dentro ; é como um exaustor de dez palas do tamanho de um cálice, dizem os médiuns clarividentes que tem cor verde, e esta localizado mais ou menos à altura do umbigo.
E claro que para médiuns confirmados, essas situações são minoradas, na medida em que o exercício da mediunidade é mais calmo e equilibrado. Todos os centros de força vital servem para contacto com o mundo espiritual, por isso mesmo é preciso desenvolver a faculdade medianeira com cuidado e equilíbrio.
E preciso muitíssimo cuidado com hábitos e vícios que aprisionam as pessoas e travam os seus centros vitais alterando-os e impedindo-os de funcionarem normalmente. Os tóxicos no organismo, geram energia que é canalizada para os centros vitais, do perispirito, e este não suportando a sobrecarga enviada, inicia um movimento distorcido a ponto de perder a sua forma humana. Se não formos capazes de manter o equilíbrio fisico e perispiritual, transformamo-nos numa embarcação frágil bombardeada sem piedade por Espíritos invasores das trevas.
A titulo de exemplo, diremos que os centros de força vital ou chacras são pontos (aparelhagem) que permitem a comunicação com os desencarnados. Devemos saber que os obsessores ligam-se ao centro Básico, servindo-se das energias sexuais, mesmo quando desencarnados. No centro Esplénico situado à altura do baço, ai procuram alojar-se os Espíritos vampirisantes para absorverem as energias vitalizantes do organismo. No centro Umbilical ligam-se de preferência os Espíritos sofredores nas sessões de mediunidade.
1. Artigo enviado pelo « CELA – Centro Espírita Luz e Amor – Centre Spirite Lumière et Amour », em outubro 2014, para sua publicação em nosso site. Publicado originalmente em Enxertos – Informações de Espíritos para Reflexão, 2008, Les Editions Primaveris, pp. 29-32.