A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”.
A observação é a mãe da medicina, assim à tempos os grandes médicos tem percebido que o pensamento e as emoções influenciam de forma “física” o corpo material causando desequilíbrios e doença. Muitos médicos chegam a considerar que todas as doenças, em maior ou menor grau, tem uma influência psicológica e emocional coisa que a ciência tem demonstrado nos últimos tempos.
A medicina, percebendo isso, tem buscado uma maneira mais abrangente de tratamento, considerando que o problema não é só a doença, mas que existe um conjunto de circunstancias, psicológicas que interagem com a enfermidade facilitando seu agravamento ou sua cura.
São criadas “juntas multidisciplinares” onde médicos, nutrólogos, psicólogos e outros profissionais da área médica trabalham em conjunto para alcançarem uma cura; mais rápida, com menos impacto ao organismo e de forma mais definitiva. « Todas as doenças têm seu princípio em algumas das três substâncias: Sal, Enxofre ou Mercúrio; isto quer dizer que podem ter sua origem no domínio da matéria, na esfera da alma, ou no reino do espírito.
Se o corpo, a alma e a mente estão em perfeita harmonia, uns com os outros, não existe nenhuma discordância; mas se se origina uma causa de discordância em um destes três planos, isto se comunica aos demais. » – Dr. Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim – Paracelso.
Assim o tratamento “holístico”, que procura compreender os fenômenos na sua totalidade e não apenas a doença simplesmente, abrangendo fatores físicos, psicológicos e emocionais, é o caminho da medicina do futuro.
E como isso se aplica aos animais? Se levarmos em conta que seus pensamentos são muito simples e suas emoções bastante instintivas, como considerar essa visão holística para nossos irmãos caçulas? Primeiramente levemos em consideração que as emoções dos animais vem se aprimorando e diversificando devido ao convívio com os humanos.
Os animais de estimação tem criado laços afetivos mais fortes e diversificados, hoje é possível se identificar emoções como a raiva, ciúmes, afeição, vingança, depressão e outras que pareciam exclusivamente humanas. Todas sentidas de forma clara e definida, acarretando desequilíbrios psicológicos e reflexos no corpo físico.
Assim um animal com ciúmes, pode se tornar agressivo mordendo outros animais ou os membros da família que competem pela atenção de seu tutor ou podem modificar seu comportamento para chamar a atenção em seu favor. Assim muitos se auto mutilam se mordem e coçam até formarem feridas, ou destroem a casa e aprontam como crianças carentes que querem a atenção de seus pais.
Além das consequências das próprias emoções que os animais podem sentir, eles ainda sofrem a influência das emoções e do estado psicológico dos outros membros da família.
Muitas vezes são como; “fumantes passivos” a conviver com estados emotivos ambientais inevitáveis. Do mesmo modo que uma pessoa que fuma em um ambiente fechado e todos que convivem com ela são obrigados a aspirar a fumaça, uma pessoa desequilibrada emocionalmente cria um ambiente ao seu redor contaminando a todos com que ela convive.
Uma pessoa que grita e briga com seus familiares o tempo todo vai criar ao seu redor um ambiente de “nervosismo” que vai afetar a todos as pessoas com quem ela convive, inclusive os animais. Veremos então um animal medroso, muitas vezes com incontinência urinária, ou um animal nervoso que late muito criando tosses e engasgos ou podendo até chegar a um quadro de convulsões devido às tensões ambientais.
Vemos então uma presença marcante das influência psicológicas e emotivas nas doenças dos animais, sejam elas internas e próprias dos animais, sejam ambientais e provocadas por seus familiares ou tutores.
Deste modo devemos seguir o exemplo da medicina humana e buscar um tratamento mais completo e abrangente onde o ser, independente de ser humano ou animal, seja tratado em todos os níveis, fisicamente, psicologicamente e emocionalmente. E digo mais, devemos levar em consideração nos casos onde existe uma clara influencia ambiental o tratamento concomitante dos tutores e familiares do animal doente.
Formando um conjunto onde o veterinário se soma a outros profissionais da saúde para uma cura da família em sua totalidade. Consideremos com observação acurada as causas das doenças e perceberemos que em sua maioria sua origem é psicoemocional com consequências físicas, assim muito mais do que o simples uso de medicações alopáticas para a cura dos sintomas devemos nos focalizar nas causas que estão muito mais no pensamento e nas emoções.
Devemos buscar a causa e não as consequências para uma cura eficaz e completa.
« Nossa saúde física depende do nosso modo de pensar, dos nossos sentimentos e emoções. As doenças reais e básicas no homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição… tais defeitos é que constituem a verdadeira doença…, e a continuidade desses defeitos, se persistirmos neles,… é o que ocasiona no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades. Os medicamentos devem atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético ». – Dr. Edward Bach
No intuito de alcançarmos um auxilio no reequilíbrio das emoções e pensamentos podemos nos utilizar de terapias que focam sua ação em uma estrutura mais sutil, seja nos animais seja nos humanos, uma estrutura vibracional e energética que mesmo não sendo observada pela visão comum, reflete seus efeitos no corpo físico.
Utilizando-nos de reiki, acupuntura, florais e homeopatia conseguimos alcançar uma estrutura que ainda não compreendemos, mas que reflete nossos estados psicológicos e que no desequilíbrio conseguem impor suas distorções no corpo físico causando doenças.
Esses meios terapêuticos conseguem causar uma regulagem e um reequilíbrio desses estados patológicos emotivos que são a verdadeira origem das doenças.
Existem inúmeras interpretações e lacunas no entendimento de como essas medicações e terapias funcionam, mas seus benefícios e as curas alcançadas nos mostram que elas são de grande valia na medicina. “O medicamento homeopático atua energeticamente e não quimicamente, ou seja, sua ação terapêutica vai se dar no plano dinâmico ou energético do corpo humano, que se localiza no períspirito.
A medicação estimula energeticamente o perispírito, que por ressonância vibratória equilibra as disfunções existentes, isto é, o remédio exerce duas funções enquanto atua. Por isso a homeopatia além de tratar doenças físicas, atua também no tratamento dos desequilíbrios emocionais e mentais, promovendo, então, o reequilíbrio físico-espiritual” – Emmanuel Livro “Plantão De Respostas” – Francisco Cândido Xavier.
Independente da compreensão completa da ação desses medicamentos, seus bons resultados e seu baixo risco são motivos suficientes para que sejam aplicados ao paciente e os familiares que possam estar influenciando na cura de sua enfermidade.
Afinal a própria vacina contra a varíola foi usada muito tempo com efeitos excelentes sem que se tivessem ideia de seu funcionamento, salvando milhões de vidas até que fosse esclarecido seu mecanismo de ação.
A obtenção da cura muito mais do que a erradicação da doença, advém do reequilíbrio do organismo vivo em sua extensa complexidade; corpo físico, pensamentos e emoções tudo dosado e equilibrado essa é a verdadeira cura, essa é a verdadeira saúde!
Bibliografia
Autor: M. Veterinário Ricardo L. Capuano – M. Jenner.