A Natureza.

A natureza é tudo o que é de ordem natural. A natureza é a essência e as propriedades de cada ser. A natureza é tudo quanto existe no universo. Geralmente designamos por natureza tudo quanto é de ordem física, mas a natureza espiritual é uma das característica da vida. Diremos de todas as formas de vida existentes na natureza.

Os Espíritos fazem também parte da natureza, enquanto criação, que se comunica com as outras formas de vida e as influencia. Para além das formas de vida, existem também fenômenos como vento, chuva, neve, tempestade, meios de transmissão do som (éco).

Nascer, viver e morrer, são fenômenos e estados ou sejam processos naturais que envolvem a existência de todos os sêres da natureza, na sua ordem respectiva: mineral, vegetal, animal e Hominal. Todos estes sêres existentes na na natureza, vivem e nela se desenvolvem, pela assimilação, transformação e integração de meios naturais envolventes, cuja dinâmica lhes modifica o metabolismo e os faz progredir.

O processo da vida, mais ou menos longo, mede-se por milhões de anos. Sempre agiu, sôbre todos os quadrantes, embriologicamente misturando-se, dando assim lugar a novas formas e existências, em todos os reinos pelos quais a vida se manifesta. Por isso dizemos que nada perece, mas tudo muda e evolui, no espaço e no tempo. Esta é a natureza que conhecemos.

Temos por habito dizer que o mineral não vive e dai que não muda. Sabemos, hoje, que o reino dos minerais, esta sujeito ao mesmo processo de vida e transformação que todos as outras formas de vida existentes na natureza, embora essa transformação seja imensamente longa e não a possamos visionar a olho nu e no curto espaço de uma existência humana.

 

O processo cultural.

 

Pelo saber, a instrução, a educação, a leitura e o estudo, vamos assimilando novos conceitos, alargando os nossos horizontes intelectuais, e dando uma dimensão muito mais profunda às questões morais e espirituais, dai uma integração e assimilação que mudam as nossas convicções e nos tornam diferentes. Neste campo também podemos falar de processo evolutivo, no avanço psicológico, que percorre etapas de perfeição.

Embora neste processo entre a vontade e a persistência, e geralmente não o entendamos como natural, o que é certo é que a partir desta disposição de espirito, acabamos por conhecer a transformação do Ser (Homem) e que se nos apresente como natural. Esta transformação é ainda muito mais significativa se levarmos em conta o facto de sermos sêres imortais, sujeitos à Lei da Reencarnação, tendo esta por causa e efeito a transformação da Alma Humana.

Embora precisemos de noções e meios linguisticos de comunicação, distintos, para melhor entendimento, falando de existências natural e artificial, a relação existente entre uma e outra é de ordem natural, enquanto processo da natureza. Da natureza existencial da vida, neste quadro planetário aonde nos encontramos, por agora.

As grandes dificuldades em que nos embaralhamos, vem do facto de concebermos a vida como processo de uma só e única encarnação. Mas se a esta visão limitada do existir do Sêr, humano e outros, admitimos a possibilidade natural de passarmos pelo processo também natural de existência múltiplas, toda a nossa visão e interesse pela vida se transforma e penetra em dimensões muito mais extensas.

 

A doutrina espírita.

 

A doutrina espirita, fruto da maturidade crescente do Espirito, através do processo multimilenar de experiências vivenciais múltiplas a que se encontrou submetido, chegou na hora adequada em que era preciso modificar a capacidade e o alcance da nossa visão biológica-espiritual, permitindo um passo em frente, ao Homem e as ciências por este criadas, enquanto estruturas de pesquisa e coordenação do saber humano.

Apos a noite da idade-média, conhecemos o período do renascimento e das luzes, com o aparecimento e alargamento das noções cientificas, da acção do magnetismo humano, enquanto fluido, e da utilização deste para tratamento e cura de um numero crescente de anomalias e doenças.

Vinham de tempos remotos as curas de certos desacertos fisiológicos, mas o período sombrio que conheceu a humanidade, particularmente após a volta ao mundo espiritual do grande mestre Jesus, fez-nos penetrar na noite dos tempos, que só a explicação espirita veio despertar e repôr na ordem do dia.

Dai, aos nossos dias, as vozes naturais da imortalidade, nunca mais cessaram de se comunicar, instruindo, explicando, iluminando, por meio de sessões de comunicação e dai, graças à escrita, através de uma larga literatura, cuja influência, continua e mantêm-se malgrado os ataques daqueles que apenas apreciam e analisam a vida por meio de monóculo e de bandagem ocular.

Chegamos a ponto de necessitar-mos de mais largas e instruídas concepções, da natureza e da vida. O Homem de hoje, beneficiou de aceleração instrutiva e escolar, ja não se satisfaz de explicações insuficientes vindas do passado. O seu espirito critico, permitido pela experiência individual e social da vida, quer provas e a ciência têm, agora, de provar tudo quanto nega e não explica.

E se não ha efeito sem causa, então que olhe para as obras da criação e os fenômenos que esta desenvolve e põe à nossa disposição, para serem estudados e explicados. Entramos no esvaneio, aproximamo-nos do tempo em que a não-explicação encontra a sua própria obscuridade e fatal morte.

O caminho da luz esta cada mais vez próximo e extenso. Uma nova e alba manhã se vai assinalando. Agradeçamos à vida e a natureza os eflúvios luminosos com que nos acaricia. Bem haja !