Uma mulher que em 1931 defendeu o voto feminino, em tese, aprovada pelo Congresso Nacional do Brasil. Uma mulher que escreveu contos e posesias, publicados em diversos jornais do Rio de Janeiro.
Uma mulher em cuja juventude se apercebeu da presença dos Espiritos, dai a recepção de mensagens de parentes falecidos, encorajando-a nas provas dificeis que a vida pôs na sua caminhada.
Uma mulher que perdendo seus pais, em 1902, tomou a cargo cinco irmãos menores e seguidamente mais cinco sobrinnhos, também orfãos.
Uma mulher que lutou para ser professora e adveio directora de escola, sendo agraciada em concursos promovidos pela Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais.
Esta mulher adveio médium e em 1912 recebeu uma mensagem assinada por Allan Kardec, e para não ficar por aqui o Mestre e Codificador, ofereceu-nos em 1929 a obra « Diario dos Invisiveis »
Desde 1916 que foi prevenida pelos seus benfeitores da espiritualidade que lhe estava reservada a recepção de uma novela, dai os escritos de Victor Hugo, psicografados, dando lugar à obra « Na Sombra e na Luz ». Victor Hugo volta a servir-se da sua mediunidade e dita-lhe « Do Calvario ao Infinito », segue-se « Redenção », pois « Dor Suprema » e « Almas Crucificadas ».
Esta mulher, espirita, médium psicografica, é a primeira a receber uma literatura, tão vasta, vinda do mundo espiritual, toda ela publicada pela Federação Espirita Brasileira.
A mediunidade de Zilda não fica por aqui e oferece-nos uma quantidade de obras psicografadas, intituladas : « Solar de Apoio », Na Seara Bendita, « Na Cruzada do Mestre », « Elegias Douradas ».
A sua intelectualidade, o seu sentido de organização, deram a lume : « O Livro das Crianças », « Os Garotinhos », « O Manual das Professoras » e « O Pensamento ».
Em 1927, sempre dedicada à instrução e à educação toma parte no I Congresso de Instrução Primaria do Estado de Minas Gerais, para onde transferira residência.
Apos um derrame cerebral, teve que utilizar uma « cadeira de rodas » que seu sobrinho, Mario Angelo de Pinho, assistia.
Esta mulher, cuja encarnação se deu na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, no dia 11 de Março de 1878, desencarnou, na cidade do Rio de Janeiro no dia 10 de Janeiro de 1969.
Comunicação vinda de Allan Kardec, publicada na revista « Reformador » em 1949, tendo por médium Zilda Gama, e vinda a publico em Agosto de 1913, e publicada no livro « Diario dos Invisiveis » – Editora Pensamento – em 1929.
« Afirmo, agora, baseado nas verdades transcendentes, que Jesus, o Emissario divino, foi o Ente mais evoluido, da mais alta estirpe sideral que ja baixou à Terra, em cumprimento de uma incumbência direta do Pai Celestial, e, portanto, o que houve de anormalidade em sua existência não foi uma seleção parcial feita por Deus, mas uma justa homenagem que lhe era devida ao proprio mérito.
Nos, distanciados como estamos de sua perfectibilidade, não gozamos das mesmas regalias ou prerrogativas que lhe foram outorgadas, mas podemos adquiri-las, em séculos e milénios de dedicação, labor, esforço proprio, pratica de todas as virtudes.
Era, pois, Jesus, naquela época – a do inicio do Cristianismo – uma personalidade superior, que, para bem desempenhar sua missão planetaria, teve de tecer suas vestes tangiveis, com as quais ofuscou o brilho de sua alma radiosa, constituida de eflùvios cosmicos, que se solidificaram, que se aderiram ao mediador plastico, dando-lhe a aparência de materialidade, mas que podiam ser dissolvidos ao influxo de sua vontade. »
Podemos afirmar que toda a sua vida terrestre, Zilda Gama, dedicou-a a serviço da causa espirita, difundindo-a, porque esta representava para ela, a Consoladora Doutrina dos Espiritos.
Depois de sua volta e reintegração no Mundo espiritual, Zilda, segundo apuramos, passou a cooperar em obras assistenciais de lidima abrangência, juntamente com a distinta Amélie Boudet, « a mulher do Evangelho segundo o distinto militante espirita Gabriel Delanne », cooperadora infatigavel na obra da Codificação Espirita, enquanto esposa e colaboradora de Allan Kardec, que apos o desencarne do Mestre lhe sucedeu à cabeça do movimento espirita, que então dava os seus primeiros passos na longa estrada, de então aos nossos dias. (4)
Bibliografia
Artigo biografico composto pela redacção d’EPADIS a partir de extratos :
1) Pagina internet « Wikipédia ».
2) Pagina internet FEB – Livro espirita para um novo mundo ! ».
3) Pagina internet CEFE / Centro de Estudos Filosoficos Espiritas.
4) Apuros de mensagens de Zilda recebidas no Centro Espirita Luz e Amor – CELA, em região parisiense.