Em determinada ocasião, à tarde, visitei uma casa espírita localizada num certo estado do litoral brasileiro. Naquele espaço “doutrinário” senti um grande desconforto quando desfilaram diante de mim algumas pessoas trajando vestuários arrojados e sensuais que avaliamos impróprios para o local.
Compreendemos que não há nos códigos espíritas quaisquer prescrições com regulamentos proibitivos, todavia, será que em nome da liberdade podemos fazer o que “der na telha” dentro do ambiente kardeciano?
Atualmente não há muitos textos debatendo sobre o “uso de roupa adequada no recinto de uma instituição espírita”. Apesar de ser assunto desinteressante para alguns, estamos convencidos de que os trabalhadores de uma casa espírita devem utilizar vestes de conformidade com os desígnios do ambiente. O bom senso determina isso!
Nos espaços do centro espírita é indispensável que seja cultivada a decência e o respeito entre frequentadores e trabalhadores, a fim de que decorra a máxima atenção nas tarefas que são realizadas na instituição. Os que aí convivem necessitam desenvolver discernimento e de maneira muito especial os que tem compromissos nos setores das reuniões mediúnicas, estes devem obrigatoriamente usar roupas comedidas.
Assim como em qualquer ambiente respeitável, deve ser sustentada a seriedade e um vestuario comedido. Até mesmo nas programações de actividades de limpeza, consertos e conservação das instalações, as vestimentas devem ser sóbrias e adequadas para o serviço.
Por questões de sensatez deve-se evitar: shorts, bermudas, blusas com decotes sensuais, vestidos ou saias curtas, minissaias, calças apertadas seja para homens e seja para mulheres. Uma casa espírita não é passarela para espetáculos de vaidades terrenas e sim abrigo para meditações do espírito.
É inaceitável que haja pessoas nas paragens de reflexões do Espirito envergando trajes demasiadamente decotados virando ao lascivo. Até porque os Centros Espíritas são prontos-socorros para os doentes do espírito.
Os ensinamentos Espíritas respeitam o nosso livre arbítrio, mas isso não equivale afirmar que o Espiritismo aguente o excentrismo. Centro Espírita sem boa orientação doutrinária, sem conduta equilibrada, é atracção e dai reduto de espíritos malévolos. O comportamento dos frequentadores e trabalhadores é assunto para a harmonia ou especulação e algazarra geral.
Devemo-nos comportar na casa espirita com trajes discretos e que não façam desviar a atenção dos frequentadores para a nossa pessoa fisica. Uma roupa sensual pode causar transtornos em qualquer espírito menos evoluído.
As vestimentas sensuais não são apropriadas para quem deseja orar.
Ao contrário do que se imagina, os mais pertinazes obsessores são encarnados voluptuosos. Estes, na verdade, é que atraem e amofinam os Espíritos aventureiros do além.
Uma instituição espírita não é recinto para se aguçar a imaginação erotizante das pessoas improvidentes e sim paragem para aperfeiçoamento e sustentação da FÉ RACIONAL.
Bibliografia
Artigo da autoria de Jorge Hessen publicado em Rede Amigo Espirita.