De dia a dia ouvimos cada vez mais pessoas queixarem-se da dificuldade em dormirem. Pelo menos após um primeiro sôno, já não conseguem terminar a noite dormindo o suficiente. Esta situação tem por corolário de viverem uma fatiga crescente. De viverem dificuldades no curso do dia, para realizarem as suas ocupações nas melhores condições.
Esta fatiga que nos descrevem, não é outra coisa senão uma fatiga psíquica que ao longo do tempo se vai instalando cujas consequências podem ser drásticas e levar a um stress cuja evolução se transformara, obviamente, em crise nervosa e alterações inconsequentes de caracter.
Segundo a pesquisadora e escritora americana, Arianna Huffington, autora do livro « A revolução do Sôno »: « A privação do sôno é uma epidemia global ». E claro que sem um sôno tranquilo e profundo a alteração da saúde é certa. A situação parece ser tal que alguns neurocientistas decidiram lançar um estudo com o auxílio de pessoas voluntárias. Este estudo é tanto mais necessário que a ausência de sôno e as causas deste fenômeno, ainda são pouco conhecidas.
Sabemos que dormir é essencial, como o é a respiração. Mas as interferências de horários de trabalho e as condições em que se trabalha na actualidade, são elementos favoráveis à falta de dormir. A pressão vivida quotidianamente por quem trabalha, já que a conexão com a actividade profissional é quase permanente, 24h sobre 24h e sete dias por semana.
Nem o descanso de fim de semana, permite a recuperação precisa para realizarmos o descanso físico e mental. Esta fatiga permanente tem implicações, na memória, na percepção e no raciocínio. Para além dos sintomas que dificultam o sono, também podemos assinalar factores físicos, socioculturais, psicológicos, ambientais e outros.
Como se sabe vivemos, em cada noite, diversos ciclos do sono. A energia psíquica põe em acção um determinado padrão de ondas cerebrais, próprio a cada indivíduo. É assim que durante uma noite normal, o ciclo do sono, era anteriormente formado por cinco estágios, mas os estágios 3 e 4 fundiram-se em 3 e duram cerca de noventa a cento e vinte minutos. O facto de não dormir depende do indivíduo, mas segundo se sabe o mais que uma pessoa conseguiu ficar sem dormir foi de onze dias.
Ora, a duração média de sono vai de 7 a 8 horas por noite. Isto para não acordarmos e vivermos um dia irritados e mal encarados, incapazes de realizar convenientemente as tarefas do dia a dia. Nos últimos tempos, a ciência leva a cabo uma intensa investigação para compreender melhor os fins e os mecanismos do sono.
Os distúrbios.
Existem vários distúrbios conhecidos do sono: ronco, apneia do sono, insônia, narcolepsia, hipersonia, síndrome de Kleine-Levin e síndrome do atraso das fases do sono (SAFS). Outros dependem do meio ambiente em que nos situamos e que influenciam o sistema nervoso simpático: o ruído, a luz, a temperatura, o sonho ou pesadelo, assim como sensações de fuga e luta durante os últimos estágios do sono, como: ouvir o despertador, o choro do bebê, ou o apelo de alguém.
Nos grandes meios habitacionais, o sono adveio, cada vez mais um quebra-cabeças, já que a vida nocturna é ai bastante intensa e deixa poucas possibilidades de se dormir em tranquilidade. Não devemos descurar a necessidade de se dormir em tranquilidade, isto porque o sono é uma função essencial ao bem-estar e a saúde, física e psíquico-mental.
Uma das tendências do sono é bimodal, ou seja de noite e após o almoço a que tradicionalmente chamamos de sesta. Não temos duvida que a pessoa que pode dormir algum tempo após o almoço, disfruta de uma recuperação energética valorosa e protetora.
Perturbadores invisíveis.
Não é raro que na falta de sono e na presença de um estado constante de crispação, que certos Espíritos aproveitem para se aproximarem e tentarem extrair energias humanas, das quais prescindem, para encontrarem alguma solução ou atenuarem sofrimentos de que são vítimas.
Daqui a necessidade de fazermos grande cuidado, para não nos deixarmos amordaçar e explorar as energias que nos são precisas. O nosso comportamento se for exemplar e sem nódoa, não atrai facilmente esses Espíritos. Embora sejam Espíritos de pouca evolução, em muitos casos dominados e manipulados por organizações do baixo-astral, com o fito de perturbarem actividades no campo moral e espiritual. As organizações da sombra astralina, são geralmente detentoras de agressividade e sem escrúpulos.
Nestes Espíritos impera uma necessidade sem limites de se fornecerem de energia humana ou ectoplasma produzida pelo corpo humano e da qual prescindem. Das nossas virtudes e prática exemplar, depende a protecção em relação com as intentonas desse gênero de Espíritos. Allan Kardec, diz (1): « Os Espíritos vulgares se imiscuem em nossas ocupações e em nossos divertimentos… ».
Bibliografia
Os dados para este artigo foram recolhidos a partir da página internet « Wikipédia » e de um artigo sobre este tema de Ana Cristina Marques, terapeuta especialista em dependência afectiva, publicado em 27.6.2017.
(1) – O Livro dos Espíritos, pagina 206, editora O Pensamento Ltda.