Reforma interior
Nos circulos espiritas, aos quais pertencemos, fala-se assiduamente de reforma interior. Não temos duvida, que este é o objectivo principal de qualquer espirita, se levarmos em conta que este objectivo esta em correpondência com os fins da doutrina espirita que é ‘a transformação moral dos individuos’.
Falar desta reforma é uma coisa, outra bastante mais dificil reside em adopta-la et sobretudo de a pôr em execução. Desde o momento em que pensamos mudar de direcção ou modificar o correr de certas coisas, tendo a ver com o nosso comportamento, defrontamo-nos com complicações, dificuldades que nos fazem recuar e dai eis-nos na mesma situação anterior. Sômos inclinos a adoptar com grande facilidade o ramb-ramb da vida e nesse ambiente não sômos avaros de desculpas com que a cada momento nos defrontamos.
Não haja duvida que a mudança, o investimento que esta nos exige a todos, não é apreciado da mesma maneira por todos nos, mesmo se estamos imbuidos pela mesma vontade de atingir-mos este objectivo essencial. E claro que podemos elaborar programas e prever prazos, o que é excelente, mas no final o que é mais importante é a mola que nos permite a propulsão para o centro da batalha que vamos afrontar.
E aqui, não temos duvida, que o inimigo que nos batalha, é o nosso proprio pensamento, a tendência, perante a tradição recalcitrante à qual no mantemos ligados ha longos periodos de tempo, o que nos induz em não nos darmos conta da paragem que efectuamos no tempo, dormindo em sôno profundo, sinceramente calmos, porque fundamentalmente sômos fruto das mais velhas tradições e é atravéz delas que os homens se apetrecharam de perguiça intelectual et adviram amorfos no campo do progresso moral e espiritual.
E evidente que devemos sair deste entorpecimento, deste sôno profundo, sem isso perderemos uma excelente oportunidade que nos é oferecida pela doutrina espirita, sonando para nos a hora da consciencialização afim de nos prepararmos a levar avante a nossa propria reforma interior. Desta transformação sairemos largamente beneficiados. Dai, a nossa profunda convicção, de então acedermos a uma vida social bastante mais agradavel, rica de novos ensinamentos, graças à qualidade das nossas relações sociais, bastante favorecidas pela nossa reforma intima.
Podemos avantajosamente prevêr que na base das nossas capacidades de mudança moral e espiritual, tenhamos nas nossas reencarnações futuras menos doenças fisicas e menos alterações mentais a suportar, que são dificuldades presentes hoje enquanto deficiências e prejuizos para a pessoa. Temos um marco a ultrapassar, que é essencial e largamente mais entusiasmante que muitas dentre as descobertas tecnologicas das ultimas décadas.
As capacidades do movimento espirita, estão longe de estagnar e de terem um ponto final. Com a marcha em frente proposta pela reforma intima de cada um de nos, veremos imensas possibilidades eclodirem que nos possibilitarão um novo acompanhamento para quantas e quantos sofrem, tanto nesta nossa Terra quanto na atmosfera Espiritual, particularmente na medida em que as futuras comunicações dos Espiritos abrir-nos-ão um campo imenso no meio do qual poderemos, umas e outros, florescer e nos ajudarmos mutuamente.
A mudança de rumo, para os espiritas é essencial e decisiva, é-nos pedida enquanto destacamento moral avançado cuja meta essencial sera de cooperar para a transformação dos cidadãos, nossos irmãos, atravéz do ensino, da aplicação pratica da nossa visão da vida e das implicações que esta induz nas mentalidades e na reconstrução do Homem do futuro.
Muito esta por fazer, grandes esforços nos são pedidos, por este programa de mudança e de reforma, ao qual estamos intimamente ligados desde a noite dos tempos, cuja aceleração aparece-nos com mais precisão e claridade, desde que o nosso mundo entrou numa agitação crescente que so medidas de salvação moral e espiritual devem afinal completar os progressos técnicos e tecnologicos alcançados nos ultimos séculos.
E claro que o programa que se desenrola não so diz respeito aos espiritas, enquanto movimento de acção moral e espiritual, antes e sem sombra de duvida dirige-se a todos os movimentos filosoficos e religiosos, aos quais um esforço importante lhes é pedido.
Saberão esses movimentos entendê-lo, as suas resistências tradicionais serão mais fortes que os beneficios que a reforma interior lhes traz ? Relativamente ao que farão, não temos capacidade de previsão. Mas uma coisa é segura, a importância deste desafio que lhes é lançado é real e oportuna.
Sempre que nos decidimos, assumimos a responsabilidade das nossas decisões e dos nossos actos, dos comportamentos e do investimento a serviço dos nossos semelhantes assim como da acção no bem ao qual estes são convidados a cooperar. O que advém para nos evidente é a necessidade absoluta da evolução da Humanidade para condições morais mais propicias à mudança. Sem estas condições a mudança não sera aquela que esperamos, ou muito simplesmente não se realizara. Neste caso tanto o Homem quanto o sua morada encontrar-se-ão em condições de existência cada vez mais delicadas, pondo em causa a propria sobrevivência do planeta.
Sem a contrapartida moral e espiritual, sans esta visão em que vimos de falar, a reforma interior não seria levada em conta. Podemos apostar que grandes dificuldades continuerão a ser acumuladas, pelo movimento de transformação em detrimento dos homens e do planeta. As novas gerações devem poder beneficiar dos principios filosoficos e morais que constituem a base da nossa doutrina espirita, muito particularmente os homens e mulheres das novas gerações que se voltam para nos e procuram desde ja as explicações para os fenomenos que vivem e com os quais se defrontam sem que alguém lhes proponha uma explicação séria e fundamentada salvo a da doutrina espirita.
Daqui ja podemos deduzir ser grande a responsabilidade que pesa nos nossos ombros, aceitando o convite que nos é enviado, para nos enriquecermos de um ensino moral e espiritual digno dos nossos predecessores, na verdade Allan Kardec, Amélie Boudet, Léon Denis, Gabriel Delanne, citanto nos apenas estes, e cujo ensino devemos propôr, desde agora, aquelas e aqueles que se acercam dos nossos centros.