CELA – Centro Espírita Luz e Amor – Centre Spirite Lumière et Amour. (1)
Os bens materiais suplantam as joias da alma: as virtudes e, longe da fé, o homem vai ficando prisioneiro de si-proprio e dos seus anseios desgovernados. Vemos cada vez mais e os meios de comunicação trazem assiduamente ao nosso conhecimento o facto de haver cada vez mais pessoas que põem termo à sua existência fisica.
Crianças assassinadas, apos orgias e indecências sem nome; jovens e até adolescentes que matam, violência sob as mais diversas formas, o mal-estar aumenta e nada parece, por ora, poder pôr termo a tal tempestade de desequilibrios.
E que poderemos fazer contra o desligamento dos homens em relação à vida e as leis divinas ou naturais ?
Diremos que nesta situação as organisações das trevas aproveitam-se das correntes negativas em vibração e sentem-se autorizadas a penetrarem o intimo de muitas almas, para as conduzirem ao altar do sacrificio.
A vida é ceifada, ou roubada antes de chegar à maturidade. Muitissimos dos casos, exemplificam o indice extremamente baixo de compreensão sôbre a essência espiritual da vida humana.
Assim se castigam os órgãos com remédios, cada vez mais carregados de química dura, de alimentos saturados de tóxicos e as exigências laborais extenuantes que põem à prova o sistema nervoso e provocam descarrilamentos do veiculo humano.
Cada corpo fisico é uma verdadeira usina energética, produtora da electricidade necessaria para operar no plano material da vida. Mas quando a usina se encontra em desgoverno ou é destruida, a energia transborda e ai entram os Espiritos que, embora desencarnados, procuram-na para manterem a propria sensação de encarnados. Para recolherem tais fluidos de vida, eles estudam, elaboram e constroem os meios necessarios no Astral, proximo das aglomerações da Terra, para ai transportarem esses infelizes e inconscientes suicidas.
Ha exageros em todas as classes e niveis etarios da sociedade : A auto-medicação extende-se. A sobrecarga de medicação das crianças, quantas vêzes desde tenra idade; para a prisão de ventre, para abrir o apetite, etc, etc.. E bom saber que as crianças têm colicas intestinais, em virtude da natureza que lhes é propria. Pouco a pouco, vão crescendo e paralelamente o funcionamento dos seus orgãos advêm normal. Não ha razões para nos assustarmos.
O nosso corpo constitui um complexo por onde circula a energia, e para viver com saude necessita equilibrio em quantidade suficiente de eletrões.
Andar com os pés frios, gera desequilibrio energético e dai sofrimento nas amigdalas, gripes, refriados, bronquites e deficiências respiratorias.
Dai a necessidade de o organismo fisico defender-se e concentrar a energia calorifica nos orgãos essenciais à manutenção da vida, desfalcando os menos essenciais, situação propicia a crise e desencadeante de desequilibrios causadores de doenças, mais ou menos graves.
O equilibrio, a disciplina, a economia, devem presidir o funcionamento regrado do organismo e não alterar o perispirito cujo desequilibrio provoca transtorno irremediavel no seu funcionamento e dai doenças profundas e mais ou menos prolongadas.
Comparemos o homem a um barco sem leme, o qual esta sujeito a naufragar com mais facilidade. O corpo humano é um relicario divino, uma vestimenta especial, que permite ao Espirito gozar de condição para reduzir dividas acometidas em existências pretéritas. Pôr em causa ou destruir este veiculo que nos permite a salvação é verdadeiramente triste e demonstra o desconhecimento que nos envolve, muito particularmente na vivência evangélica e na maneira como encaramos a existência imortal humana.
O nervosismo, ou “stresse” da actualidade, resulta das condições de existência do cidadão, do nível de sujeição laboral, de exigências impostas nesse campo ao homem, e ainda do modo de vida das sociedades actuais. Medicalmente o “stresse” reduz a quantidade de dopamina em certas regiões do cérebro. Mas para a espiritualidade é uma doença criada pela mente humana, cuja, para se esconder de certos factos que não deseja aceitar, contraria a tal ponto a sua personalidade, impondo-lhe uma redução do trabalho cerebral, que por sua vez liberta moléculas de dopamina, na movimentação dos órgãos musculosos do organismo. E assim chegamos à situação em que se altera o metabolismo ou seja o conjunto das interações celulares do corpo .
O homem da actualidade parece não ter tempo para olhar para si. Jamais com tantas capacidades de produção material, o homem se sentiu tão pobre em relação à sua propria pessoa. Não ha tempo para parar, para repousar o suficiente, não ha tempo para observarmos as condições de nossa existência, material, moral e espiritual. Não repensamos o nosso eu, abandonando-o, rejeitando-o para muito longe, dai os desequilibrios da época actual.
Na natureza tudo tem limites, não se podem operar abusos sem conta e sem que as consequências sejam desastrosas e profundas. O homem, é um dos elementos da natureza, têm por fim zelar pelo seu proprio equilibrio e pelo da natureza que o envolve.
Assim, não se deve abusar nem desperdiçar o que a natureza e a vida lhe outorgaram.
As energias da sociedade como as da pessoa humana, em si, têm limites e esgotam-se quando manejadas desenfreadamente, esbanjadas, e quando não ha cuidado, atenção ao retorno da manivela.
A economia da energia, absorvida e utilisada na realização das mais diversas actividades em que é preciso utilisar o corpo e a mente, deve ser uma das preocupações do homem. Tanto mais que como ja explicitamos, não se deve gastar para além do necessario e do possivel.
Nesta como noutras situações do género devemos levar em conta as mutilações que impômos ao funcionamento e a propria constituição do perispirito e das consequências dai advindas, tanto nesta existência, quanto nas futuras. E caso para reflexão.
1. Artigo enviado pelo « CELA – Centro Espírita Luz e Amor – Centre Spirite Lumière et Amour », em outubro 2014, para sua publicação em nosso site. Publicado originalmente em Enxertos – Informações de Espíritos para Reflexão, 2008, Les Editions Primaveris, pp. 12-16.