Depois da morte ha vida?

Na sua essência a pergunta não é completa. O mais acertado seria dizer : Depois da morte do corpo continua a haver vida. A resposta no que toca à existência do corpo é cabal, não, não ha mais vida organizada num corpo humano, depois do retorno das células que o compuseram durante algum tempo, ao solo e ao seio da matéria da qual provinham.

Falamos da vida do corpo e da sua existência efémera, enquanto é sustentada pela energia ambiental e o corpo perispiritual. Mas se falarmos do Espirito, enquanto essência de origem divinal, então diremos que este sobrevive ao desmoronamento e extinção celular, por que é imortal e integra-se no eterno, no imperecivel e sempre em aperfeiçoamento.

Do ponto de vista das especulações da ciência académica a vida so se mantém enquanto dura a materialidade do corpo, que da visibilidade e aparência ao ser humano, com a morte do corpo tudo desaparece e a entidade humana igualmente, apenas fica na memoria daqueles que o conheceram e enquanto estes passam os seus dias na terra, mas que também estão sujeitos, como todos os humano e outrops sêres vivos, à morte eo ao desaparecimento total e absoluto.

Para a ciência académica, tudo é matéria, nada subsiste fora dela, e o resto são expressões filosoficas sem sentido nem realidade. Abusos de ordem expeculativa, sobre a dificuldade a aceitarmos o nada, e a impossibilidade de survivência fora da matéria que lhes é tão cara e à qual se sentem agarrados e sem possibilidade de explicarem o seu sistema idelaizado e unicamente centrado na matéria.

Somente e para pôr duvidas quanto ao comportamento limitado da grande maioria dos membros materialistas pertencentes à corrente cientifica oficial, que me dirão dos gazes existentes, da sua perfectibilidade, da energia quântica e de toda a parte invisivel, a olho nu, da vida bacteriana e do infinamente pequeno, que povoa o universo e da visibilidade quando concentrada em quantidades suficientes, ao infinitamente grande.

Não foram necessarios, o microcospio, o manoscopio, o telescopio, e outros instrumentos para suprir a insuficiência da nossa visão ocular e acabarmos por estar convencidos da existência e fervilhamento da vida microscopica.

Formas de vida que nos sutentam e formam os nossos orgãos e o esqueleto ao qual estão ligados e lhe dão a aparência que demonstram ? Como pode haver, da parte de quem se considera eminente e vive num tal descrer e pobre pensar atavico. Ja passamos o tempo do crer sem aprofundar e inquirir das coisas e das realidades em que e como a vida se manifesta.

E tempo de haver olhos para ver e ouvidos para ouvir. E quando os nossos olhos e ouvidos não acompanham nem alcançam todas as realidades, da mesma forma que o microscopio e o telescopio nos revelam outras formas de vida, porque não deitar mão dos inquéritos e pesquisas realizadas por Homens altamente sérios e dignos da nossa confiança, para nos inteirarmos e chegarmos a novas conclusões que as que se ligam ao materialismo.

Este comportamento altamente negativista devera mudar, por parte dos intelectuais da actualidade, quando o conhecimento e o saber alcançados pela humanidade nos dão os meios, a chave, par nos adentrarmos, sem receio, nem reticências, pela via da pesquisa, da renovação das idéias em que assentamos os nossos valôres.

Existem interesses que comandam e dirigem a grande parte dos homens de ciência para a pesquisa « em todos os sentidos » mas sem relação com a questão, velha como o mundo, da vida e da morte de maneira a tentarmos pôr um termo ao antiquissimo dilema da duvida e da ignorância, de si proprio. Nada sabemos de onde vimos, nada sabemos para onde vamos ? Então vivemos para quê ?

Os gigantes da alta técnica e da nano tecnologia, das viagens à lua e das aterragens em marte, ofereceram-nos momentos de imensas esperanças e de admiração pelas conquistas a vulso reveladas. Suas capacidades são imensas, mas os mesmos sentem-se como aterrados e perpelexos diante do Homem imortal, duvidam e põe em causa os ensinos e os avisos das vozes que transpondo a atmosfera extra-fisica, chegam até nos por meio dessa lidima faculdade humana que é a mediunidade.

Desde que não se esforçaram a saber, nem fizeram constatações algumas, porque ousam pôr em causa e negar as evidências e as realidades das relações, jamais tão assiduas, como na actualidade, entre Homens-Espiritos desencarnados e entre Homens-espiritos encarnados.

Sômos parte da mesma Humanidade, sômos sêres vivos, nas duas circunstâncias e desta irmandade manifesta, e em função da Lei da Vida apenas perdemos um envoltorio, com capacidade de duração limitada, mas mantêmo-nos no mais importante e essencial que é o facto de sermos Espiritos, imoredouros e de fazermos jus à mesma Lei aqui citada que comanda e permite voltarmos, tantas e quantas vêzes forem necessarias para progredirmos e concluirmos a nossa ascensão para novos parâmetros de aperfeiçoamento.

Seriam todas estas explicações, apenas aberrações, invenções por parte de embusteiros, sem algum interêsse senão o de darem resposta, apos verificações e imensos cuidados perante as observações às quais se dedicaram. A ciência, se como tal se considera, devera pôr um ponto final nas enfantilidades de muitos dos seus membros e marchar com toda a sua capacidade e autoridade, mas humilde e sem suficiência acerva, para levantar duvidas e repôr a verdade, dando a saber o que sômos.

A larva perde a sua capa e transforma-se em borboleta e dai voa para novas formas de vida, isto entra nos encaixes de Darwin e porque é que a simples perda do nosso envelope carnal (corpo) nos deveria levar a perdermos a nossa identidade directora ou seja o Espirito e juntamente a este, todo o mecanismo atravéz do qual exerce o seu comando sobre o envelope, maquina por excelência, merecedora de todos os nossos cuidados profilaticos.

Parece-nos que o grande embate da actualidade, o imenso combate que se trava é o do Espirito ou Matéria. Na realidade um e outro são complementares. Existem e funcionam para se auxiliarem mutuamente e sobreviverem atravéz do tempo e da eternidade para se sublimarem seguindo a linha de Causa e Efeito que é propria ao existir da Vida : « Nascer, Morrer, Renascer e Progredir Sempre Tal é a Lei ».

Aqui esta a resposta ao enunciado no titulo deste artigo sobre a tão procurada questão da vida apos a vida. Da vida e da morte e da supremacia da primeira sobre a ultima. Viver eternamente, em diversas fases e passando por condições diferenciadas que se multiplicam, segundo as necessidades da evolução humana, eis o nosso entender na defesa do Homem-Espirito.